terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

O Épico - As pondas escocesas

Como o título indica, a posta que se segue é um épico, todos os épicos têm um herói, e depois o objectivo é glorificar os feitos e conquistas do herói. Neste caso, sou eu que mando, por isso, claro que o objectivo é diferente.

A história começa com o facto de, há tempos atrás, ter na minha posse libras escocesas, 3 notinhas apenas, para ser mais exacta. Pois é que eu sou assim muito viajada, só este ano já fui duas vezes a Oeiras e uma a Lisboa, e estou a pensar em armar-me em maluca e ir até Almada, mas isso é outro assunto. Adiante, as libras escocesas, são libras, são escocesas porque existem na Escócia e têm escrito Bank of Scotland, enquanto que as inglesas dizem Bank of England e vivem em Inglaterra, mas são todas libras e valem todas o mesmo. Esta última frase está um bocado repetitiva, mas ideia é mesmo essa, para ver se toda a gente percebe.

Na última tour canalhona a terras de sua majestade, o facto de eu possuir tais exemplares monetários, fez com que eu fosse alvo de calúnias, escárnio e comentários neste blog, por parte dos colegas canalhões. Isto deixou-me em profundo estado de tristeza, no entanto, não abandonei o meu propósito de usar as ditas pondas, e consegui!

Passo a descrever as diversas tentativas e casos bem sucedidos.

Tudo começou na máquina de bilhetes de metro, a máquina como é uma máquina, não as aceitou, mas eu tudo bem e continuei a tentar convencer o Paulo que podia usar as minhas notas, em vez do cartão, quando fosse comprar os bilhetes ao balcão. O Paulo revelou ter perdido todo o seu espírito canalhão quando proferiu frases do género: tudo menos isso! Eu tenho amor à vida! Não quero passar essa vergonha! Tenho filhos para criar!

E foi esta a primeira tentativa falhada…

De seguida, eu achei que o menino Huguinho podia tratar do assunto, no já lendário pub dos emigro-canalhões, qual não foi a minha surpresa quando tive de ouvir as seguintes frases: Tas mas é maluca! Eu não quero ir preso! Tenho uma reputação a manter! (Não sei o que é que ele queria dizer com a ultima frase… mas enfim).

Concluindo, os emigras são uns tenrinhos!

Posto isto, tratei eu do assunto! Trabalho rápido, indolor e sem deixar vestígios!

A nota de 5 ficou no restaurante vegetariano (gaja de fronteira, ias gostar!), misturada com mais outras. Tudo na boa, sem problemas. Não percebi foi porque é que, antes de pagarmos, o Hugo foi à casa de banho tirar o capachinho e por bigode à poirot e o Paulo saiu subtil e rapidamente pela porta fora a dizer “não deixem isso aí, eu tenho intenções de cá voltar”. Com isto tudo, a Sofes já não teve coragem de se fazer explodir, com o seu colete de bombista suicida, e lá continuámos a passear.

A nota de 20 gastei-a às compras com a Sofes, a senhora da loja olhou para mim sorridente e disse que só a aceitava a nota de a Sofes ficasse lá como caução, por mim tudo bem! Não têm visto a Sofes, pois não? Se calhar ainda lá está, amordaçada numa cave escura e tal… mas ela até gosta de Londres, por isso, estou descançada.

A última nota gastei-a a comprar chocolates para as meninas do laboratório, ah pois é, faz parte das regras do bunker. Neste caso, como já não tinha ninguém para ficar como caução, tive que correr uns três quarteirões à frente do rottweiler da dona da loja, mas nada de especial. O dia continuou solarengo, e lá voltei para a eurolandia acompanhada de uma caixa de after-eight gigante.

Isto ficou um bocado grande, mas épico que é épico, é assim!



sai um pastelinho de bacalhau...

2 comentários:

paulo disse...

não é minha intenção deturpar o conteúdo deste épico, mas tal como tentativas anteriores de estabelecer um relato fidedigno de uma época histórica, este também padece do mal de não ser uma realidade histórica. como tal, está sujeita à vontade do autor (neste caso autora e extremamente profícua em tempos recentes, diria eu). dizia eu, autora que deturpa a realidade a seu bélprazer, acrescentando episódios que só podem resultar de um grave problema do foro psicológico-psiquiátrico. para que conste, é totalmente falso que tais acontecimentos se tenham passado e, mesmo que se tivessem passado, nunca teriam sido da forma descrita e, mesmo que se tivessem passado da forma descrita, nunca o iria admitir e, mesmo que o admitisse, nunca seria aqui em público. feita a ressalva, que espero tenha elucidado o universo (ou submundo) canalhão, despeço-me com votos de amizade e um bem haja. e já agora, até que gostei do épico...mas as pondas não são todas iguais. feias por feias, sempre prefiro as dos osgas e as que têm a Belinha. dá-se preferência aos élgares mas os daruínes também são bemvindos, se vierem por bem, claro está!

grão de pó disse...

adulterado ou não, este épico faz as delícias desta 'migra isolada do mundo.

e por falar em vegetariano, ando numas invenções quase a roçar a surrealidade. quando deixar de me chover na cozinha dou uma estreia no livro de culinária que vós me oferecestes há uns anitos... depois convido para a tarte de mirtilos :D