quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Travadinha na terceira

Há dias que uma pessoa não pode deixar de ficar surpreendida. É naqueles dias em que o insólito nos dá um murro no estômago e com sarcasmo nos diz: -Sucker!!
Bem sei que tenho uma certa propensão para personagens estranhas... Deve ser este ar de menino.
Ora ia eu, de carro, a subir uma rua pelas bandas do Estoril, quando avisto um carro estacionado quase em cima da dita rua. Abrando e vejo sair da viatura uma velha, uma senhora sénior (pronto, valho-nos o PC!), já com uns bons oitenta e muito anos (sem qualquer exagero!), curvadinha de tal modo que no dia a dia pouco mais deve ver que o soalho. Perguntava-me a mim mesmo como poderia uma personagem daquelas conduzir.
Foi aí que o insólito me deu um soco no estômago na voz doce de uma velhinha desprotegida no meio da estrada a pedir-me ajuda. Para quê? Para ver por que é que o carro apitava. E já agora para ver umas luzes à frente que se tinham acendido.
Amavelmente lá lhe expliquei que quando deixamos os mínimos ou os médios acesos e nos piramos do carro ele apita em jeito de protesto.
- Ah – respondeu – já tenho o carro há 8 anos e nunca me tinha acontecido! Mas também nunca uso essas luzes…
Hein, perdão?! Não usas os mínimos ou os médios???! Bom talvez não andes de noite… - pensei e perguntei-lhe se de facto andava.
- Ando, ando. Mas acendo sempre as outras luzes!
Ainda agora estou aqui a falar com os meus botões a ver se eles me esclarecem quais seriam as luzes que a velha acenderia. Any suggestions???

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tenham medo! Tenham muito MEDO!!

Acho que é da autoria do RAP. Vale a pena pensar, mesmo com humor, como somos tão manipulados pelo medo. Uuuuhh que medo, a crise, as alterações climáticas, o crime, a preversão, uuuhhh! Medo! Tenham Medo, muito MEDO!!



Opinião A crise está em crise


A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Ou estou fortemente enganado (o que sucede, aliás, com uma frequência notável), ou a história de Portugal é decalcada da história de Pedro e o Lobo, com uma pequena alteração: em vez de Pedro e o Lobo, é Pedro e a Crise.De acordo com os especialistas – e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível – Portugal está mergulhado numa profunda crise.Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado. O problema é que 2008 já foi bastante difícil. E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil. O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise.Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica.Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB. O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção. Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, comoherança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos. No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro. A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise. Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento.Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado. É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses. A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado! Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades.



Mais um vídeo...

Eu sei que ultimamente só aqui posto vídeos, mas este vale mesmo a pena... Eu prometo que um dia destes escrevo qualquer coisa decente, mas como ainda há pessoal que nunca viu isto, eu sou forçada a partilhar...
Toca a dançar!