sexta-feira, 29 de abril de 2005

eu não disse que os órios não queriam nada comigo?

pois é, esta deve ser a minha semana de protagonismo bloguístico.

vai uma gaja, já atrasada para o árduo período de trabalho da tarde sentada a uma desconfortável secretária da qual sai sempre com o pescoço encambado de tantas e tão trabalhosas tarefas, àquelas caixas maravilhosas que, em troca de uma espreitadela indecorosa sob a banda magnética do cartão multibanco, debitam (dependendo da altura do mês) rectângulos de papel, coligir provisões para um fim-de-semana de puro divertimento, quando, não é a sua estupefacção, cadê o salariozinho do mês de suor, calos e bolhas nos pés?

e pensa: "mau, queres ver que é este mês que a senhoria me põe na rua por falha no pagamento de renda"

franzido o sobrolho e manápula encostada à cara de bolacha em atitude contemplativa, acende-se a lâmpada. "vou mas é ali à divisão administrativa partir o mobiliário todo enquanto não vir a minha sobrevivência assegurada!"
pelo sim pelo não, muni-me logo de nib e penetrei o frigorífico camarário em busca dos reponsáveis.
numerozinho de conta confirmado, até aqui tudo certo.
"aguarde aqui se faz favor enquanto tentamos saber o que se passa" (por fidelidade aos acontecimentos, não acrescentem a estas palavras uma entoação de profissionalismo de operador de rede móvel)
e então foi esperar, esperar, esperar... não que tivesse perdido toda a preciosa tarde de trabalho naquilo, mas 30 segundos numa sala onde só trabalham mulheres de voz esganiçada e que perderam o botão para baixar o volume é desconcertante. resultado, estava eu sem salário e com uma bonita dor de cabeça (sim, que apesar da ausência neuronal, ela também sofre estas moléstias...).

após 3 longos minutos, uma simpática resposta: parece que o erro foi mesmo do banco e iam já resolver.
eu sei que isto dava aqui pano para mangas em escândalo e boato, mas de facto a resolução do problema foi imediata e já posso ir para a borga este fim-se-semana.
isso e comprar a prenda do dia da mãe...

claro que nem tudo são rosas... raites :S sexta-feira em albufeira, para matar saudades :S

sai um pastelinho de bacalhau...

osgas lembrando os tempos de escola...

aproveitando a onda (até diria que mais parece um tsunami, mas como não é politicamente correcto não vou dizer...) de posts nos últimos dias, não quero deixar de contribuir para o avanço deste pasquim de travadinhas com uma pequena reflexão.

hoje tive uma revelação enquanto estava no WC unisexo do 1º andar do meu instituto. não, não envolve partes da minha anatomia e/ou substâncias orgânicas expelidas pelo meu corpo, mas ainda bem que perguntam. a epifania que tive está relacionada com os osgas e com todos os estereotipos neles estampados (trocadilho rasca com o facto de eles serem cromos... perdoem-me mas isto anda mau). ora, como estava a dizer, quando se pensa em osga, há logo uma associação mental entre um animal viscoso e verde acinzentado (que muitos pensam ser venenoso, mas isso ficará para uma próxima) os ingleses, porque ambos têm os olhos esbugalhados. porém, outra associação se estabelece no interior do minúsculo cérebro (vulgo ervilhinha...) que todos possuímos. e essa outra refere-se ao facto dos osgas serem sempre muito sisudos e sem sentido de humor.

voltando ao WC, tive oportunidade de refutar esse argumento que estava cravado no meu neurónio da esquerda (o que, a muito custo, lá tem potenciais de acção para pensar...) depois de ter visto algo que me fez lembrar os tempos da escola e a mentalidade infantil.

o que foi que estes olhos ensonados viram àquela hora da manhã, perguntarão vós?

pois, cá vai...

numa cena digna duma escola portuguesa, estava (e ainda está, e palpita-me que ficará lá durante muito tempo...) uma instalação artística de fazer inveja a muito bom artista plástico com obra exposta na Tate Modern. a peculiaridade desta obra é o material usado e não tanto a beleza da obra. pasme-se, a peça, ou colagem se preferirem, é feita com burriés!

sim, isso mesmo! os burriés, os verdadeiros macacos do nariz que, juntamente com a cera dos ouvidos, fazem a delícia (em sentido figurado e por vezes literal...) dos petizes portugueses. pelos vistos anda alguém aqui no Instituto numa fase de nostalgia dos tempos de infância.
eu que sou um gajo que até aprecia arte moderna até achei boa ideia. só acho que lhe faltava um bocado de côr. tudo muito castanho e cinzento, nada de vermelhos e amarelos.

é pena...

sai um pastelinho de bacalhau...

quinta-feira, 28 de abril de 2005

'ta da bola

já que o escândalo e a desgraça alheia é que estão a dar venho dar o meu contributo para desempoeirar o nosso amplo espaço critativo.
e o que tenho para partilhar convosco é o seguinte:

há uma certa caramela, que recentemente se mudou para uma terrinha do interior, cujo nome não mencionarei sob risco de estar a fazer publicidade de borla, que depois de andar aí pelas estradas nacionais e municipais em joggings de duração pretendente a recordes de guiness (não do livro dos recordes, mas da potencial quantidade de líquido sucedâneo de cevada que ingeriria se gostasse do sabor, depois do esforço) e ainda depois de decidir que havia de levar a sua bicicleta à terra do concelho mais próxima (uns vagos 10km só de ida) e voltar, descobriu que afinal a piscina municipal existe e que o pavilhão gimnosdesportivo tem, para além de carradas de pó no soalho, utilidade.
oram apreciem. no espaço de uma semana, a supracitada caramela meteu na (de duvidosa existência) mioleira que lá para os fins de outubro seria capaz de nadar 1000m em meia hora (marca actual - 47min), que fazer companhia às senhoras com voz de rancho e que transformam a piscina num galinheiro que faria inveja a uma claque de futebol nas aulas de hidroginástica enquanto o terapeuta tenta fazer-se ouvir era um serviço de valor comunitário (afinal as runas tinham razão) e ainda... que futsal feminino era capaz de ser giro.
as duas primeiras investidas não revelaram, até à data, qualquer contrariedade (por razões óbvias não se lançam foguetes, não vá o diabo tecê-las), mas o futebol já fez das suas. mais concretamente a bola.
num simples exercício de passes e remate à baliza, no auge da minha confiança de futura revelação da bola, digna de selecção nacional, empenhei toda a minha energia no que seria o remate à baliza mais espectacular da humanidade, só transponível para imagem pelo coiote a receber no estômago o míssil que falhou o bip bip. seria, portanto, o meu passe para a fama e para uma vida de rica, em que poderia fazer da biologia, da incipiente escrita e das pinturas despretenciosamente más, hobbies de qualidade.
só que... tal como o euromilhões, os óirios fogem de mim como o diabo da cruz (o facto de ser a segunda menção a este senhor neste desabafo não implica, repito, não implica, que me esteja a tornar reliogio-satânica). assim, o pontapé da glória logrou, incompreensivelmente, falhar a bola e foi direito para uma massa de ar imediatamente acima da mesma.

resultado - estirou-se-me o quadrícipe direito, pareço uma aleijadita a andar e dei por finda a minha gloriosa mas efémera carreira.
vou voltar mas é para as piscinas e enquanto não lesionar alguma das galinhas, perdão, coleguinhas, não descanso :)

um grande bem haja e as melhoras para mim!

sai um pastelinho de bacalhau...

terça-feira, 26 de abril de 2005

C*r*l¨*o das costas

Ok, eu escrevo!

Esta última semana foi de loucos! Aqui a malta do projecto andou a organizar um workshop sobre Fruticultura, um tema que deve interessar a muitos de voces... eu fiquei responsavel pela marcação das viagens do people e pela recepção dos resumos, tarefas que já começaram em Janeiro. Mas o pior foram os ultimos dias... analisar dados, fazer apresentações e posters, resolver as ultimas questoes relacionadas com as viagens... o costume. Felizmente correu tudo bem, mas fiquei de rastos! E o pior é que ganhei uma dor nas costas que impede de me curvar mais do que 15º. E como sou muita teimosa, ainda com as costas assim fui no domingo a um passeio pela laurisilva. O passeio foi espectacular (depois ponho as fotos online), vimos lagoas, arrastamo-nos por ribeiras e cagamo-nos todos... as costas, lá está, nao gostaram. Por isso amanha devo ir ao fisioterapeuta!

Depois dou noticias sobre o meu estado.

sai um pastelinho de bacalhau...

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Historia veridica

Como isto já anda a ficar um pouco morto vou contar uma historia que aconteceu a um amigo de um amigo meu. Mas é verdade. Tao verdade quanto a historia do taxista e da noiva. Aliás até vou contar exactamente como ele contou a seu amigo que por sua vez contou ao amigo do meu amigo. Claro que depois me contou mim, e eu agora a voces.

Ele comecou assim:
-Miguel, tenho um aviso para ti porque és camionista. Aliás isto é um aviso para todos os condutores desprevenidos.
Um par de raparigas anda a enganar os condutores parados nos semáforos. A primeira com um busto avantajado (vulgarmente designado por um belo par de tetas) e um top reduzido (quase que as mamas saltam do top) oferece-se para lavar o pára-brisas do carro enquanto a outra aproveita a distracção para roubar tudo o que estiver no porta luvas do carro enquanto faz uma mamada ao condutor.
CUIDADO! Elas são perigosas e estão bem organizadas.
Eu já fui roubado 22 vezes na última semana. 5 vezes hoje, 6 vezes na quinta-feira, 4 vezes na terça-feira e 7 vezes na segunda-feira. Na quarta-feira não consegui descobrir onde é que elas estavam a trabalhar.

E pronto cá fica o meu aviso. Vou tentar averiguar se é verdade e alugar um carro.


quinta-feira, 14 de abril de 2005

Va' la' pessoal, toca a trabalhar!

E agora que o desafio foi lancado, quero ver essas respostas. E isto e' dirigido a TODA a gente deste blog! Mas que' isto?... poem o nome ali nos autores e depois nao escrevem! nao pode ser... Ta' a despachar! Nao demora mais que 5 minutos.
(e depois das ameacas, Ines aguarda ansiosamente...)

sábado, 2 de abril de 2005

refresco de seiva e trabalho de campo

ora pois é, uma gaja anda meses e meses a enfardar acúçar amarelo às colheres que depois diz que está gorda... vá se lá saber porquê O.o... e depois, dietas com ela. mas desta vez superei-me a mim mesma e embarquei num retumbante exercício de força de vontade e persistência gustativa decidida a passar 5 diazinhos inteiros a sobreviver à base de ... xarope de seiva.

ora para quem nunca ouviu falar desta cura milagrosa, ela encontra-se à venda em qualquer loja de produtos naturais (não que tenha procurado em todas, mas simplesmente porque não me apetece passar ao momento publicitário do dia) e existe em embalagens de meio e um litro. claro que eu, que sou a força de vontade personificada quando me encontro a sonhar profundamente e consigo ser a minha própria heroína (de bravura, não de trip, que o meu narcisismo não alcança tanto), atiro-me logo de cabeça e couro cabeludo ao frasco de litro. quase 35 óritos que até andas de lado...

e segunda-feira, cá vai disto. três litros, a quantidade prescrita para quem pensa que vai substituir todas as refeições pelo néctar milagroso, e mochila às costas que era dia de translocações. claro que não há bela sem senão e a mistura de xarope de seiva, sumo de limão e pimenta de caiena (à razão de 8 colheres de sopa de ambos os elementos líquidos, 1 pitada de pimenta e o resto de águinha mineral até perfazer litro e meio) sabia a... sumo de limão com açúcar amarelo.

adiante. ora segunda feira só emborquei daquilo, terça deu-me o frio e à noite fui beber um copinho de leite quente, quarta substitui um litro por um prato de sopa, um iogurte e um copo de leite, quinta qualquer coisa similar e sexta mandei aquela trampa às urtigas...

e quanto aos resultados, bem... a minha mente engana-me e diz-me que estou menos volumosa (p.s.: não há balança no desterro), mas se há diferenças até diria que se deviam a passar os dias em trabalho de campo, de mochila às costas, a percorrer as margens da ribeira.

moral da história... a minha força de vontade precisa de ser polida, mas não está má de todo...

e não há milagres o.O


sai um pastelinho de bacalhau...