sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

londres ainda resiste... (friday)

...e o benão ainda está de pé, contra todas as previsões. é vê-lo lá no seu poiso, todo engalanado, aparentemente imune à passagem do furacão Belinha por Londres.
sim, aparentemente. porque, e isto vem de fonte segura, o benão tem estado com um toque roufenho nos últimos dias, sinal de que a vaga canalhona sempre fez mossa. mais umas visitinhas dos ilustres membros desta ordem e o gajo bem que vem abaixo...
pois, cá estou eu para fazer o relato do périplo que foi encetado nos últimos dias em Londres pelos "residentes" e las muchachas visitantes.

comecemos pelo início como de costume. sexta-feira, chegada das mui nobres visitas ao aeroporto de Heathrow (incrivelmente o avião até chegou a horas e se bem me lembro, até antes da hora. realmente coisa rara e nunca vista, ou melhor, para português ver) e a primeira peripécia (nem era dia se não houvesse nada de estranho a passar-se...). a compra dos bilhetes de metro (ou tubo para os amigos...). o que é que eu, no alto da minha ignorância de quem pensa que por estar cá há uns mesitos já percebe alguma coisa do que se passa por aqui, pensei? qual ir para a fila para comprar os bilhetes, estão aqui as máquinas automáticas mesmo à mão. primeira máquina, não dá troco (obviamente a quantia exacta para pagar 2 bilhetes tinha feito uma retirada estratégica da carteira uns momentos antes...). segunda máquina, não dá troco (e curioso, também não aceita as pondas do Banco da Escócia...). pronto, lá me resignei a ir para a máquina que aceita cartões de crédito. naquela fracção de segundo em que me acerco da fila para a máquina, um belo dum osga com ar de senhor de colarinho branco mete-se à minha frente. tudo bem, eu até sou um gajo pacífico e não liguei (continuei a saltar à corda...neste caso, a pôr a conversa em dia). o osga compra o seu bilhetinho e arruma-se para o lado. eu chego-me à frente e eis que não quando vejo uma mensagem aterradora no visor da máquina. atrevo-me a dizer demoníaca, porque eram letras brancas em fundo vermelho. pura e simplesmente isto: Out of order...

'ta da máquina... lá acabámos na fila para comprar bilhetes...

bilhetes comprados, chega o metro, entra para o metro, viagem até à minha humilde casinha para largar a tralha antes de ir para a borga com o outro "residente". para os próximos visitantes, a minha casa não tem que enganar, é aquela com toneladas de aço na forma de andaime à volta de todas as paredes. pelo menos durante 20 semanas, porque isto aqui há que levar as coisas com calma.

as visitas me dirão o choque que sentiram quando avistaram a minha casa primeiro e, pior que isso, o meu quarto. podem ser sinceras que eu não me importo. pena que a sessão de fotos na minha casa não se tenha desenrolado, caso contrário, estaria já aqui uma amostra da "espelunca".

adiante. next stop, o farol. ou para aqueles que não estão familiarizados com o calão de Londres inventado pelos canalhões residentes, a catedral de Westminster. o ponto de encontro de eleição cá do sítio, convenientemente localizado perto da Wigram House, poiso do Hugo (Bacalhau à Brás, Castanholas, Carraspana, depende dos dias...). depois do reencontro, a partida para ir degustar a cozinha refinada dos osgas, num local de culto para nós (afinal de contas, fomos lá uma vez!), um pub chamado "The Frenchman and the Green Horn" ou "The Greenman and the French Horn"... nunca sei qual das hipóteses é a correcta. deve ser a primeira.

pronto, o resto da noite dispensa relato. "boa" comida (comida de pub formatada, mas é fixe!), umas jolas a acompanhar e a ausência do costume...

sai um pastelinho de bacalhau...

2 comentários:

Inês disse...

Venha o resto do relatorio!
As hostes esperam ansiosamente...

grão de pó disse...

epah, as fotos, eu quero é ver as fotos!!