sexta-feira, 6 de março de 2009

porquê murphy é lei e não teoria #1

para variar, hoje consegui acordar sem demasiada dificuldade, não me atrasar demasiado no processo de tirar ramelas, trocar o pijama por outro trapo aceitável no regime laboral dentro do drama que é abrir o roupeiro cheio de coisas penduradas e pensar não tenho nada que vestir, fazer a cama (sim! pq ainda há quem a faça...) e a caminho da cozinha ir relembrando a mistela que constituirá o meu almoço e que atirarei para o tupperware - daqueles novos, que vão ao microondas sem que as respectivas tampas derretam.
eis então que o surreal acontece e murphy, na sua omnipresença deística, mostra o alcance da sua lei.

saga em busca do ovo cozido desaparecido, peça em três actos
#1 o problema: o meu ovo não está onde o deixei (qualquer alembradura relativa ao império dos sentidos é, apenas e só, fruto das vossas mentes menos castas). virei o frigorífico do avesso e nada. olhei para a zona dos ovos crus e pensei como é que raio distingo um ovo cozido dum cru? e vai de pegar num da ponta e quebrar a casca na zona onde esta não está colada à membrana interna. (by the way, é assim que se põe um ovo em pé e foi assim que colombo arranjou quem lhe pagasse as barcaças para se pôr ao fresco até à américa do sul. dizem) claro que esse ovo estava cru.
#2 desenvolvimento: mãe, mexeste-lhe? pois claro que não! (recorrendo à antítese de forma, a síntese é o melhor desenvolvimento que poderia existir neste particular)
#3 desenlace: ah... vê lá junto aos ovos crus, naquela zona assim assim... et voilá!

resultado - dois comboios perdidos
+ um em traffic issues

trama: quem carrega o meu passe?
sinopse - na prática qualquer MB serve, afinal estamos no país em que tudo (ou quase) se faz (ou fará) por multibanco. na prática, podem constatar-se sérios avanços em termos de inteligência artifical das ATM.
#1 o poder adivinhatório: o utilizador insere o seu cartão na ranhura que lhe compete e, ainda antes de sequer digitar o seu código, é informado de que a operação que pretende não poderá ser realizada. pessoalmente, se me é permitido, acho isto um avanço genial ao nível da domótica, mas ainda melhor, já que responde às questões do utilizador sem qualquer programação prévia através da leitura da frequência de pensamento do mesmo. dado que ainda não chegámos à era do chip (se bem que não me lembro dumas 2 horas do dia de ontem...), acho isto espantoso!
# o sarcasmo: dentro das emoções humanas, considero esta produto de um certo refinamento de personalidade, já que, ao invés de sentimentos em bruto como o ciúme, esta requer algum grau de processamento racional das situações. ora, e porque para chegar ao local de trabalho, precisava do dito passe funcional para que não ficasse retida nas portinholas do metro, empreendi marcha até ao MB mais próximo. nesse, todo o processo decorreu, coloquialmente, sem espinhas. cartão - código - opções - tirar MB - inserir passe - opções - ok... de momento não é possível realizar a operação pretendida. ...
vá lá que me deixou levantar o montante necessário à aquisição do passe numa bilheteira.

resultados - outros dois comboios perdidos, um seguramente por ter sido o único dia desta semana em que decidi vir de saltos.

3 comentários:

Hugo disse...

Pois é, com esta é que tu te desmascaraste.

Agora é que eu percebo por que é que apareciam circos em lugares inusitados, desapareciam leirões quando toda a gente dizia que ‘era vê-los correr’, máquinas fotográficas dentro de água para fotografar toupeiras de água, esse animal tão raro mas que nos decidiu fazer uma visita, nem um microtus para amostra, pirilampos que misteriosamente desapareceram, viagens às Berlengas frustradas, and soióne. Aposto que a culpa da mousse ter dessorado nem sequer foi da Sofes, coitadinha…

Sofes disse...

Uff... Puxa, meses de terapia para voltar a recuperar a auto-confiança nas minhas capacidades mousseiras e afinal...

grão de pó disse...

eu, pecadora, me confesso

o:)