quinta-feira, 28 de abril de 2005

'ta da bola

já que o escândalo e a desgraça alheia é que estão a dar venho dar o meu contributo para desempoeirar o nosso amplo espaço critativo.
e o que tenho para partilhar convosco é o seguinte:

há uma certa caramela, que recentemente se mudou para uma terrinha do interior, cujo nome não mencionarei sob risco de estar a fazer publicidade de borla, que depois de andar aí pelas estradas nacionais e municipais em joggings de duração pretendente a recordes de guiness (não do livro dos recordes, mas da potencial quantidade de líquido sucedâneo de cevada que ingeriria se gostasse do sabor, depois do esforço) e ainda depois de decidir que havia de levar a sua bicicleta à terra do concelho mais próxima (uns vagos 10km só de ida) e voltar, descobriu que afinal a piscina municipal existe e que o pavilhão gimnosdesportivo tem, para além de carradas de pó no soalho, utilidade.
oram apreciem. no espaço de uma semana, a supracitada caramela meteu na (de duvidosa existência) mioleira que lá para os fins de outubro seria capaz de nadar 1000m em meia hora (marca actual - 47min), que fazer companhia às senhoras com voz de rancho e que transformam a piscina num galinheiro que faria inveja a uma claque de futebol nas aulas de hidroginástica enquanto o terapeuta tenta fazer-se ouvir era um serviço de valor comunitário (afinal as runas tinham razão) e ainda... que futsal feminino era capaz de ser giro.
as duas primeiras investidas não revelaram, até à data, qualquer contrariedade (por razões óbvias não se lançam foguetes, não vá o diabo tecê-las), mas o futebol já fez das suas. mais concretamente a bola.
num simples exercício de passes e remate à baliza, no auge da minha confiança de futura revelação da bola, digna de selecção nacional, empenhei toda a minha energia no que seria o remate à baliza mais espectacular da humanidade, só transponível para imagem pelo coiote a receber no estômago o míssil que falhou o bip bip. seria, portanto, o meu passe para a fama e para uma vida de rica, em que poderia fazer da biologia, da incipiente escrita e das pinturas despretenciosamente más, hobbies de qualidade.
só que... tal como o euromilhões, os óirios fogem de mim como o diabo da cruz (o facto de ser a segunda menção a este senhor neste desabafo não implica, repito, não implica, que me esteja a tornar reliogio-satânica). assim, o pontapé da glória logrou, incompreensivelmente, falhar a bola e foi direito para uma massa de ar imediatamente acima da mesma.

resultado - estirou-se-me o quadrícipe direito, pareço uma aleijadita a andar e dei por finda a minha gloriosa mas efémera carreira.
vou voltar mas é para as piscinas e enquanto não lesionar alguma das galinhas, perdão, coleguinhas, não descanso :)

um grande bem haja e as melhoras para mim!

sai um pastelinho de bacalhau...

2 comentários:

paulo disse...

os famosos pontapés na atmosfera! que isso não te faça desistir do desporto rei. quantas vezes padeci eu desse mal. ainda há duas semanas me aconteceu o mesmo (o pior é que nunca acertei em ninguém depois de falhar a porra da bola...). espero que domingo as coisas corram melhor.

e esgana-me essas galinhas! mesmo à distância e pelo poder da palavra escrita, tornam-se irritantes à brava.

grão de pó disse...

suponho que galinhas seja o nome para as habitantes de fronteira (vide post seguinte por moi même) o.O