sexta-feira, 29 de abril de 2005

osgas lembrando os tempos de escola...

aproveitando a onda (até diria que mais parece um tsunami, mas como não é politicamente correcto não vou dizer...) de posts nos últimos dias, não quero deixar de contribuir para o avanço deste pasquim de travadinhas com uma pequena reflexão.

hoje tive uma revelação enquanto estava no WC unisexo do 1º andar do meu instituto. não, não envolve partes da minha anatomia e/ou substâncias orgânicas expelidas pelo meu corpo, mas ainda bem que perguntam. a epifania que tive está relacionada com os osgas e com todos os estereotipos neles estampados (trocadilho rasca com o facto de eles serem cromos... perdoem-me mas isto anda mau). ora, como estava a dizer, quando se pensa em osga, há logo uma associação mental entre um animal viscoso e verde acinzentado (que muitos pensam ser venenoso, mas isso ficará para uma próxima) os ingleses, porque ambos têm os olhos esbugalhados. porém, outra associação se estabelece no interior do minúsculo cérebro (vulgo ervilhinha...) que todos possuímos. e essa outra refere-se ao facto dos osgas serem sempre muito sisudos e sem sentido de humor.

voltando ao WC, tive oportunidade de refutar esse argumento que estava cravado no meu neurónio da esquerda (o que, a muito custo, lá tem potenciais de acção para pensar...) depois de ter visto algo que me fez lembrar os tempos da escola e a mentalidade infantil.

o que foi que estes olhos ensonados viram àquela hora da manhã, perguntarão vós?

pois, cá vai...

numa cena digna duma escola portuguesa, estava (e ainda está, e palpita-me que ficará lá durante muito tempo...) uma instalação artística de fazer inveja a muito bom artista plástico com obra exposta na Tate Modern. a peculiaridade desta obra é o material usado e não tanto a beleza da obra. pasme-se, a peça, ou colagem se preferirem, é feita com burriés!

sim, isso mesmo! os burriés, os verdadeiros macacos do nariz que, juntamente com a cera dos ouvidos, fazem a delícia (em sentido figurado e por vezes literal...) dos petizes portugueses. pelos vistos anda alguém aqui no Instituto numa fase de nostalgia dos tempos de infância.
eu que sou um gajo que até aprecia arte moderna até achei boa ideia. só acho que lhe faltava um bocado de côr. tudo muito castanho e cinzento, nada de vermelhos e amarelos.

é pena...

sai um pastelinho de bacalhau...

6 comentários:

grão de pó disse...

LOLOLOL

ora eu tenho dois apontamentos a partilhar convosco:

ora um é que tinha, até ao 4º ano, um colega que os coleccionava e depois ingeria durante as aulas. a outra, e arriscando colocar toda a minha reputação tão duramente construída ao longo de anos e anos de reabilitações, é que eu mesma tinha a minha cadernetazinha de burriés. tão lindos :')
um legado que se perdeu com o tempo. snif.

raites disse...

Venho por este meio declarar publicamente que não conheço as pessoas que postam neste blog, e que nunca andei com elas na escola.

grão de pó disse...

até suspeitava que a utilizadora que acabou de comentar este antro tem um pequeno quid pro quo (ou como é que raio se escreve isto) com os burriés do que resultou uma grave fobia de um gesto de carinho tão mimoso como um "descansa o bico"

raites disse...

GRRRRRRRRRRRRRRR
Muito gostam vocês desse gesto, todos anseiam pelo burrié do meu nariz, assim como eu anseio ganhar o euromilhões, mas até agora... nada!

paulo disse...

devo confessar que nunca aderi à caderneta de burriés. mas é ver-me a espalhar as minhas carrapetas nasais em tudo o que é mobiliário. ninguém me pára!

grão de pó disse...

a bem da veracidade dos factos, o termo caderneta de burriés é algo figurativo... :)