Vacinação contra a gripe será gratuita até 2012 para grupos de risco
15h51m
A vacina contra a gripe sazonal para o próximo ano contém o vírus H1N1 e vai se administrada pela primeira vez de forma gratuita a grupos mais vulneráveis. É uma "oportunidade" para escoar as vacinas da gripe A adquiridas, cujos lotes em excesso foram alvo de renegociação.
Vacinação contra a gripe será gratuita até 2012 para grupos de risco
Ministra da Saúde e Francisco George, da Direcção-Geral da Saúde
O anúncio foi feito hoje, quarta-feira, pela ministra da Saúde, Ana Jorge, numa conferência de imprensa, em Lisboa, durante a qual explicou que esta "estratégia inovadora" vai aumentar a cobertura de vacinação.
Sabendo que na próxima época os principais vírus em circulação serão o H1N1, o H3N2 e o B, a estratégia de vacinação será desenvolvida a dois níveis: por um lado, a habitual vacina trivalente que engloba estas três estirpes; por outro, uma vacina monovalente só com o vírus H1N1da gripe A.
A recomendação do Ministério da Saúde é no sentido de que todas as pessoas com indicação para fazer a vacina sazonal a façam e as restantes devem vacinar-se com a monovalente, embora tal não seja necessário no caso de quem já tenha recebido esta vacina.
A grande novidade é que pela primeira vez um dos grupos de cidadãos com risco acrescido de desenvolver complicações resultantes da infecção gripal vai poder ser vacinado contra a gripe sazonal de forma gratuita.
"A partir do próximo Outono, as pessoas residentes em lares ou internadas em unidades de cuidados continuados, os beneficiários do Complemento Solidário do Idoso e os profissionais de saúde a prestar serviço nas unidades de cuidados de saúde primários e nos hospitais vão receber gratuitamente a vacina trivalente", disse Ana Jorge.
A vacina será disponibilizada nos próximos três anos através das Administrações Regionais de Saúde, dos centros de saúde, das unidades de saúde familiar e nos hospitais para os profissionais de saúde.
Vacinar 75% dos idosos
Esta estratégia beneficia da "oportunidade" gerada com os milhares de vacinas contra a gripe A adquiridas pelo Estado português e que não foram utilizadas.
A tutela decidiu assim negociar a troca da vacina pandémica pelas 330 mil unidades da vacina trivalente em três anos consecutivos (990 mil unidades ao todo), com o objectivo de aumentar de 50% para 75% a proporção de pessoas com mais de 65 anos vacinadas.
Tendo em conta as indicações da Organização Mundial de Saúde, que apontam para mais de 50% da actividade gripal ser determinada pelo H1N1, a tutela decidiu manter a campanha de vacinação contra a gripe A para todas as pessoas com mais de seis meses que não tenham indicação para receber a vacina trivalente.
Renegociação permitiu poupar 15 milhões
Questionada pelos jornalistas sobre a quantidade de vacinas pandémicas compradas, as utilizadas e o dinheiro envolvido, Ana Jorge explicou que inicialmente foram encomendados seis milhões de doses de vacina - no valor de 45 milhões de euros - que se vieram a revelar excessivas.
Assim, o Estado português negociou e conseguiu anular a vinda de dois milhões, o que representou uma poupança de 15 milhões de euros.
Dos restantes quatro milhões, metade é necessária para vacinar contra a gripe A (770 mil já foram administradas). Dos outros dois milhões, cerca de um milhão foi transformado na vacina sazonal, enquanto que o outro milhão continua por negociar, o que representa 7,5 milhões de euros por negociar.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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1 comentário:
Quem lhes pegava a gripe era eu! Chulos...
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