Chegando a casa de compras na mão, tal qual personagem mágica de lar, sou recebido entre palrares e gritos que me iludiam a pensar que estaria em plena floresta amazónica.
Espero em vão por um elevador que parecia parado no tempo… mais concretamente parado num qualquer andar lá mais alto do que o (oh desgraça!) rés-do-chão onde estava o mouro de carga.
Nisto, com o abrir de uma porta de ferrolho, salta uma mistura de hobbit e ogre de dentro de um (aparentemente) pacífico apartamento do rés-do-chão. Entre gritos e rugidos, tal criatura, cuja cabeça era tão grande que os olhos estavam separados por um palmo e com um corpo tal qual um pilar de mármore, avança para mim com um sorriso maléfico.
Tentei manter a fleuma, pois afinal era só um miúdo…
- O que é que este quer?
Então não é que o anormal me apanha distraído, corre para trás de mim e me dá uma sapa nas costas!
Por breves instantes ponderei em dar um bofetão no cabeça-de-abóbora…
Detive-me perante as súplicas de um velha que se desfez em desculpas. O cretino continuava a olhar para mim com ar de regozijo. O triunfo! A alegria desmesurada! O grandessíssimo filho da puta!
Lá voltou ele para a jaula. Lá subi eu uns quantos lances de escadas, pois um anormal qualquer tinha bloqueado os elevadores. Quem seria…
O que vale é que me valeu umas boas gargalhadas depois da fúria acalmar.
domingo, 22 de julho de 2007
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4 comentários:
Ahah, até o puto sabe que tu mereces levar uns calduços!
já nem te respeitam... quem diria que aqui há uns tempos atrás eras tu quem dava os calduços, e agora és tu quem os recebe... é a idade!!!
eu arriscaria dizer que o abóbora não perde pela demora...
Faço ideia o destino (sangrento, de certeza) do puto caso a senhora não tivesse aparecido a tempo... pensaste atirar-lhe com agulhas ou bolas de fogo?
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