domingo, 13 de agosto de 2006

romance(???) na bela londres

costumo aproveitar os momentos de espera no lab para fazer alguma coisa de útil. desta vez vou fugir à regra e vou deixar aqui mais um instantâneo da vida de londres. um apontamento especial para os românticos dentro de nós (nós, grupo, não nós como indivíduos. a não ser que estejam em elevada actividade física ou mesmo no meio de uma introspecção ritmada. nesse caso, será mesmo para os românticos dentro de vocês. enough nonsense).

tudo se passou na última 5ª feira. como todos vós sabeis, nesse dia houve mais uma alegada manobra de cariz terrorista que ameaçava salpicar o atlântico com o sangue dos inocentes (para os ocidentais. porcos infiéis para os fundamentalistas árabes. mas o sangue era o mesmo.). escusado será dizer que os jornalistas se atiraram a esta notícia que nem gato a bofe. talvez até com maior avidez e com mais baba a escorrer pelos cantos da boca. sim, porque se há animal que é limpinho, esse é o gato. até se dá ao trabalho de se lamber todo (até os tomates. não sei como é que conseguem. aposto que fazem sempre aquela carinha - perdão, focinho...- de quem está enojado antes de passar a língua pelos ditos. com a agravante de terem a língua áspera.) e de deitar cá para fora as bolas de pêlo.

nesse mesmo dia houve uma celebração a propósito do regresso da nossa summer student às terras do tio sam de onde veio há 2 meses e meio atrás. aliás, celebração é má palavra porque ela até é boa pessoa. festa? sim, lá terá que servir esta. a noite foi passada num excelente pub com cervejas belgas para todos os gostos. normais, com sabor a fruta (rasbagas, pêssego, cereja, entre outras. docinho, docinho...), com cheiro a mijo (provavelmente por terem quase 10% de álcool lá dentro), com cheiro a cultura de bactérias com um mês (também carregadinha de álcool), etc, etc.

depois das jolas, acompanhadas por um belo dum steak berga 500 vezes melhor que o dos arcos dourados, lá fomos metade de nós (porque o resto transformava-se em abóbora às 11 da noite) para um bar. a primeira tentativa foi infrutífera uma vez que o bar com mesas de snooker para onde queríamos ir estava a fechar. compreensível. afinal de contas eram 11 da noite numa 5ª feira. quem é que no seu perfeito juízo quereria jogar snooker a essa hora, quanto mais beber? depois de nos auto-flagelarmos por ter tão estúpida ideia, lá encontrámos um bar que estava aberto até às 4 da manhã. ui, rebeldes...

antes de chegar ao pó (aka dirt), ainda passámos à porta de outro bar que também estava aberto, onde um casalinho se entretia a simular o acto sexual num sofá. mal sabíamos que era o prelúdio para o que havia de vir. e agora que penso bem, se calhar não era só simulação...

adiante. chegados ao pó e munidos de mais uma bebida alcoólica, arranjámos uns lugarzinhos para nos sentarmos. e foi aí que tivémos a revelação da noite. afinal o romance não está morto como muita gente alvitra. está vivo e bem vivo. pelo menos no corpo e mente de um dos parolos perdão, senhores, que lá se encontrava. um menino que se encontrava num grupo de pessoas que muito provavelmente trabalha na city, num escritório onde ninguém fala com ninguém. só assim se explica que se estivesse a comportar como um animal perdão, verdadeiro romântico, no pub. alegremente saltitava de gaja em gaja, apalpando minuciosamente o nalguedo da vítima (de vítimas não tinham nada porque também andavam a rodar de gajo em gajo...). no meio de tanto romantismo, lá se atracou a uma delas que vestia uma mini-saia minúscula. e isso ele não achou bem. e vai daí decidiu tomar o assunto nas próprias mãos. literalmente. não contente com apalpar todo e qualquer cm cúbico do nalguedo da menina, decidiu mostrar-lhe que a saia era muito pequena e que a devia pôr mais para baixo e ser mais púdica. mas o facto de estar ébrio confundiu-lhe os movimentos e tentava puxar a saia por dentro. ou então estava mesmo a tentar pôr os dedos na rata da gaja e eu é que estou enganado. ó diabo! tu queres ver que ele não era nada romântico e o que queria era um bocado de fingering a 2 metros do balcão do bar, num sítio onde toda a gente via?

nah... não pode ser... tss, tss. mas que ideia é que me passou pela cabeça?

2 comentários:

Ana (Guida) Santos disse...

Opá, com menos palavreado tinhas contado a história de maneira mais perceptível... bem que podias ter lido o post anterior ;p
Ontem houve festa aqui em Silwood (rebelde, so fui para a camas as 4...) e por aqui não se vê dessas ordinarices... esses londrinos são mesmo nojentos! Ascot rules!!!

agnieska disse...

Oh valha-me a minha noxa xenhora da agrela!!!
Por aqui nao se veem dessa coisas...so no bairro bermelho carago!!!