correndo o risco de presunção que alguém poderá querer saber o que esta alminhinha pensa acerca de A, B ou C, hoje vou vestir a pele de pseudo-cronista, jornalista, escritora, desempregada-das-que-contam-para-as-estatísticas-há-dois-meses e ainda! sem-vontade-de-dar-cabo-do-bicho-papão-debaixo-da-secretária, tese. em linguagem vernácula, para, simplesmente, opinar. ou quase, que de certeza que perco o fio à meada algures no decurso desta demanda.
para começar podia ter escolhido outro sítio que não uma delirante viagem de metro para recolher as primeiras amostras de texto e, especialmente, podia ter feito um esforço maior até encontrar o ecoponto mais próximo e libertar-me da carga plástica em formato meio litro que trago a passear comigo desde madrugada.
bem, enquadramentos de desconforto na execução da tarefa à parte, tenho a comunicar que encontrei um emprego. não um trabalho, que é excessivamente puxado, mas assim uma coisinha leve, que se realiza de vez em quando, e que tem a cobertura de chocolate de quebrar a rotina, já que cada encargo a desempenhar ocorre num local diferente... ora pois bem, de há uns dias para cá, sou entrevistada. é claro que também não pagam nem nada, mas também só tenho que cumprir o horário uma vez em cada ponto. tipo prova de orientação ou peddypaper, no qual há a imensa oportunidade de conhecer pessoas novas... os potenciais futuros patrões, claro, que os competidores vestem aquele ar circunspecto de rivalidade silenciosa e nem tugem nem mugem. francamente, não estou com por demais interesse em incrementar os conhecimentos, mas não evito a observação curiosa de le gôut des autres. do visual, por exemplo. é nestas alturas em que a ideia há muito enraizada de que os clássicos não são para mim toma proporções palpáveis só suplantadas pelo betinho look de matar baratas ao canto da sala.
depois, há nas entrevistas pormenores curiosos, como o concuros para a peta mais convincente de que este é, SEM DÚVIDA ALGUMA!!!, o trabalho / emprego / escravidão da minha vida em tom babado de sim, sr. presidente que lhe engraxava as botas com esta saliva que o ácido do estômago há-de degradar. ou as subtis questões para indagar se resistirás à tentação de correr atrás das saias de uma oportunidade de sonho daqueles tipo euromilhões na tua área de formação. pronto, é nesta que eu me estampo, com as minhas revolucionárias e pouco realistas ideias de que o mundo ainda pode ser mudado e no qual ainda não aprendi a dissimular as reais convicções em prol do vil metal. não é em vão que tdoso os psd's que conheço me acusam de ser bloquista. que infâmia... ainda assim, parece que o meu à vontade sorridente (não, não é da ganza que essa nunca funcionou lá muito bem no meu cérebro...) deixa boas recordações, pelo que não desanimo já.
by the way, até ao fim do mês tenho trabalho :) haja dados para inserir nos locais onde defendem bem os nossos interesses extra-concurso!
sai um pastelinho de bacalhau...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
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2 comentários:
Humm...ainda n aprendeste a dizer q a biologia se calhar foi uma escolha precipitada e q há várias eras geológicas ainda acreditavas poder vir a correr atrás dessa saia q era ter um EMPREGO na áera, mas q entretanto o teu sonho passou a ser matar baratas a canto da sala todos os dias úteis? Pois...entendo-te. Eu tb ainda n!
e sempre que a esperança cai por terra com uma resposta negativa, lá se tem que recuperar para a qeuda seguinte.
o lema devia mudar para ser biólogo é ser masoquista...
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