como já todos sabem, ontem houve uma perturbação do auxiliar de educação espaço-tempo (ou se preferirem, time-space continuum) e o glorioso benfica venceu o manchester por 2-1. é mais um sinal de que o fim dos tempos está próximo (ou como diria o velho que está no cruzamento à saída do metro de camden town, "repent! the end is nigh!"). sim, porque desde que o porto ganhou a liga dos campeões que, mais dia menos dia, espero a chegada duma nave espacial gigantesca que sugará toda a vida inteligente do planeta, deixando apenas a Lili Caneças, o Castelo-Branco e o resto dos zombies que vagueiam neste mundo. ou isso, ou o Cavaco vence as eleições e torna-se presidente
tudo isto é uma manobra de diversão. o que eu quero mesmo relatar é a minha noite de ontem num belo pub londrino, assistindo ao apocalipse com estes olhos que a terra há-de (mas é que há-de) comer. era certamente o único que torcia pelo benfica (sim, sou benfiquista, apesar de ter escrito aquele primeiro parágrafo...), no meio dos osgas todos à espera do inevitável (que seria a vitória do manchester). o inevitável que aos 5 minutos parecia cada vez mais uma realidade. estranhamente, até nem fiquei muito preocupado. se há pessoa que já viu o benfica perder jogos, essa pessoa sou eu. aliás, a célebre maldição de londres persegue-me (para quem não sabe, a maldição de londres reza que sempre que vejo um derby do benfica na tv, o benfica perde. 100% eficácia até agora. se bem que também já perderam alguns que eu não vi... adiante) desde que vim para cá há pouco mais de 1 ano, 2 meses 14 dias, alguns minutos e outros tantos segundos.
nem a maya era capaz de prever o que se passou depois desse momento fatídico. quis o destino que fossem os jogadores que mais críticas recebem do público (ou em vernáculo, os f***** da p*** que não correm e não jogam um c****** na maior parte das vezes que põem os cotos em campo e até eu com a minha barriguinha fazia melhor) a operar a reviravolta no marcador. escusado será dizer que o primeiro golo foi festejado com um sonoro grito da minha parte (a este ponto fui logo identificado como o único parolo que apoiava o benfica pelos elementos do outro lado do bar) e que a partir daí vieram os nervos. até ao segundo golo, em que para além do grito se seguiu uma expressão de alívio sob a forma de "toma lá, c*****, vai buscá-la!".
a história fica-se por aqui, porque daí para a frente se resumiu a uma lição de português vernáculo para o meu chefe (coitadinho, se soubesse o que eu estava a dizer dava-lhe um treco...) sem que ele se tenha dado conta. só percebeu mesmo m****. mas essa era das mais softs que saíam em direcção à tv e apontadas àquele c***** do joão pereira que não marcou o 3-1.
em suma, uma noite bem passada. melhor seria poder insultar o maniche. aquela cara de anormal está mesmo a pedi-las...
sai um pastelinho de bacalhau...
quinta-feira, 8 de dezembro de 2005
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